segunda-feira, 2 de maio de 2011

24 Horas.

(…) saí de casa á pressa, estava nervosa porque queria apanhar o autocarro e tinha medo de o perder. Mas não o perdi, cheguei á paragem ainda tive de esperar 5min. Cada vez mais chegavam pessoas, e perguntavam se o autocarro já tinha passado e as respostas, eram sempre:” está atrasado, mas deve estar a chegar”.
Nesse espaço de 5min olhei para o meu lado esquerdo, o sol fortemente batia-me nos meus olhos castanho até que me fez chorar um pouco. Vi aproximar-se um rapaz alto, moreno e lindo. Nesse momento parecia que o mundo tinha parado, que os segundos não passavam. Fixei completamente nesse rapaz. Sinceramente, não sei o que se estava a passar comigo. Até que esse rapaz alto, moreno e lindo me perguntou se estava bem. Confesso que demorei alguns segundos a responder. E então ele fez questão de me perguntar outra vez. Eu estava nervosa e sem saber o porque.Também não sabia que dizer por isso respondi apenas que «sim sim, obrigada estou bem ». Ficamos um a frente do outro, apenas com um metro de distância. Olhei novamente para ele e sorri, ele olhou para mim e sorriu também e de seguida perguntou-me o nome. Eu respondi: chamo-me Vanessa, e tu? Ele sorriu e antes de responder a minha pergunta, disse: tens um nome lindo. Eu senti-me a corar, senti o meu coração apertado mas ao mesmo tempo a bater depressa. Eu não sabia o que estava a acontecer, só sabia que aquilo nunca me tinha acontecido antes, e que era uma sensação única e linda. Então eu respondi muito depressa: obrigada, mas qual é mesmo o teu nome? E ele disse: eu chamo-me Hugo; Hugo Filipe. Nesse momento fiquei sem saber, o que dizer. Esses cinco longos minutos, ao menos tempo passaram depressa como devagar. Ficou um silencio entre nós que não consigo explicar, apenas os nossos olhos ficaram vidrados uns nos outros. Então ele perguntou-me: Para onde vais? E eu disse: vou para a praia, e tu? Ele disse: Não tenho destino agora que te vi. Então eu convidei-o para vir comigo, sentia-me bem á beira dele, parecia que já o conhecia de algum lado, mas na verdade nunca o tinha visto.E quando finalmente o autocarro chegou entramos lá para dentro e começa-mos a falar um do outro. Nós não tínhamos nada em comum, por isso passamos a viagem toda a rir um do outro. Passado mais ao menos uma hora tínhamos chegado á praia. Estava vento e confesso que estava um pouco com frio, mas não lhe tinha dito nada. Mas mesmo assim ele não era tapadinho nenhum, não pensou duas vezes, tirou o casaco dele e colocou-mo nas costas. Eu sorri e agradeci. De seguida fomos buscar um gelado, e passear á beira-mar. até que… o sol se estava a por. Sentamos-nos um pouco na areia a ver o sol a ir embora.. Era lindo, nunca me tinha sentido assim com ninguém. Ele de repente aproximou-se de mim, eu estava a ficar nervosa, mas não sabia o porque disso. Olhei para ele e nesse segundo ele também olhou para mim também. Ficamos com a testa encostada um no outro. E eu disse-lhe tens o cheiro tão suave, olhei para os olhos dele e para os seus lábios. Ele aproximou-se cada vez mais da minha boca, até que senti o respirar dele na minha face. Aconteceu… beijamos-nos.
Só conseguia pensar no quando aquele rapaz me fez sentir bem sem o conhecer de lado nenhum. Encostei a minha cabeça ao ombro dele, e ficamos assim um longo tempo (…)


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