Em primeiro queria já dizer-te que nunca pensei em escrever-te, mas não vi outra maneira melhor para o fazer. Penso e falo contigo muitas vezes, mas assim sei que estás ao meu lado a ver tudo o que vou tentar transmitir por palavras, e tudo em que vivemos enquanto cá estives-te!
Penso em ti muitas vezes, e sabes bem que é verdade, muitas vezes quando chega á hora de dormir, penso que estás ao meu lado na minha cama junto a mim, e falo contigo como tu ali estivesses, digo para tu nunca me deixares falo-te e relembro muitas coisas que fazias que me deixavam maravilhada de felicidade! Sei que nunca morres-te que estives-te e estás cá sempre a olhar por mim, és a tal estrelinha no céu, para mim a que brilha mais!
Sim, tenho recordações de ti, podia ser pequenina e até podíamos estar não muito tempo juntos, mas lembro-te como aquele senhor que chega a casa e estava junto da lareira no inverno e também no verão, sim porque aquele cantinho que eu lembro é o teu cantinho, é o cantinho que quando entro por aquela casa a dentro me faz lembrar de ti, tu ali sentado como um rei completamente, e eu dava-te logo um beijinho, e falava contigo, podia não ser muito, mas se hoje cá estivesses acredita que te trataria como um verdadeiro rei um verdadeiro rei de família! Talvez por ser pequenina ainda não entendesse o verdadeiro significado que tinhas para mim, com o passado do tempo, é que fui sentido cada vez mais a tua falta e eu também o quanto te queria ter por perto! (neste momento, apetece-me chorar por tudo o que estou a relembrar e por te estar a relembrar também, por estar a lembrar-me tão bem de ti, como se fosse hoje!) Lembro como se fosse hoje o momento que o meu pai disse que tinhas partido. Tentei nunca mais lembrar-me desse momento, porque foi um dos mais horríveis, saber que uma pessoa uma verdadeira pessoa que nós amamos parte, não digo para sempre porque eu sei que ainda iremos estar juntos, e estás a minha espera á minha, como de todos os outros.
Estava uma mala em cima da minha cama, mas também na do meu pai e na do meu irmão, não entendi a razão pela qual elas estavam ali, por isso perguntei.
« Papá, onde vamos? Esta uma mala em cima da minha cama porque?? » Não entendi, e ele não me respondeu logo, fiquei um pouco preocupada por não me dizer a razão, por isso, fui ter novamente com ele á sala, e ele estava a arranjar o sofá, e estava com a cabeça para baixo quando foi então que me respondeu com lágrimas no olhos:
« O avó, morreu... » Não quis acreditar, mas devia de ter sido uma das primeiras vezes que vi o meu pai a chorar. Não aguentei, fui a correr, para o quarto de banho e comecei a chorar como se não houvesse amanhã, senti uma dor, um pedaço do meu coração a cair. Ainda hoje choro por ti, choro por não te poder ter dito muitas coisas que gostaria de dizer.
Mas logo de seguida limpei as lágrimas e saí do quarto de banho a fazer-me de forte e não chorei á beira do meu pai, ele já estava mal o suficiente não queria que me visse também mal, por mais que ele soubesse como eu estava.

Devias de ter estado lá, porque estás sempre connosco. Foi no Natal, estavamos todos juntos, e o Tio começou a falar de ti, sim já estava um pouco animado demais, mas quando ele começou a falar de ti, as lágrimas dele escorreram pela cara dele abaixo, mas ao mesmo tempo que contava estava a rir-se. Levei aquilo como uma recordação de ti, não boa, mas sim excelente! Porque ao mesmo tempo, nós choramos de por ti de saudades, mas também te relembramos com um sorriso na cara por tudo que fizeste!
Sei que nunca tive a oportunidade de te dizer o quanto te amava, mas já que estou aqui vou dizer-te:
AMO-TE AVÔ ATÉ JÁ FICA SEMPRE COMIGO!
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