quinta-feira, 26 de maio de 2011

1 # Carta para uma pessoa falecida com a qual gostavas de falar

Em primeiro queria já dizer-te que nunca pensei em escrever-te, mas não vi outra maneira melhor para o fazer. Penso e falo contigo muitas vezes, mas assim sei que estás ao meu lado a ver tudo o que vou tentar transmitir por palavras, e tudo em que vivemos enquanto cá estives-te!
Penso em ti muitas vezes, e sabes bem que é verdade, muitas vezes quando chega á hora de dormir, penso que estás ao meu lado na minha cama junto a mim, e falo contigo como tu ali estivesses, digo para tu nunca me deixares falo-te e relembro muitas coisas que fazias que me deixavam maravilhada de felicidade! Sei que nunca morres-te que estives-te e estás cá sempre a olhar por mim, és a tal estrelinha no céu, para mim a que brilha mais!
Sim, tenho recordações de ti, podia ser pequenina e até podíamos estar não muito tempo juntos, mas lembro-te como aquele senhor que chega a casa e estava junto da lareira no inverno e também no verão, sim porque aquele cantinho que eu lembro é o teu cantinho, é o cantinho que quando entro por aquela casa a dentro me faz lembrar de ti, tu ali sentado como um rei completamente, e eu dava-te logo um beijinho, e falava contigo, podia não ser muito, mas se hoje cá estivesses acredita que te trataria como um verdadeiro rei um verdadeiro rei de família! Talvez por ser pequenina ainda não entendesse o verdadeiro significado que tinhas para mim, com o passado do tempo, é que fui sentido cada vez mais a tua falta e eu também o quanto te queria ter por perto! (neste momento, apetece-me chorar por tudo o que estou a relembrar e por te estar a relembrar também, por estar a lembrar-me tão bem de ti, como se fosse hoje!) Lembro como se fosse hoje o momento que o meu pai disse que tinhas partido. Tentei nunca mais lembrar-me desse momento, porque foi um dos mais horríveis, saber que uma pessoa uma verdadeira pessoa que nós amamos parte, não digo para sempre porque eu sei que ainda iremos estar juntos, e estás a minha espera á minha, como de todos os outros.
Estava uma mala em cima da minha cama, mas também na do meu pai e na do meu irmão, não entendi a razão pela qual elas estavam ali, por isso perguntei. 
« Papá, onde vamos? Esta uma mala em cima da minha cama porque?? » Não entendi, e ele não me respondeu logo, fiquei um pouco preocupada por não me dizer a razão, por isso, fui ter novamente com ele á sala, e ele estava a arranjar o sofá, e estava com a cabeça para baixo quando foi então que me respondeu com lágrimas no olhos:
« O avó, morreu... » Não quis acreditar, mas devia de ter sido uma das primeiras vezes que vi o meu pai a chorar. Não aguentei, fui a correr, para o quarto de banho e comecei a chorar como se não houvesse amanhã, senti uma dor, um pedaço do meu coração a cair. Ainda hoje choro por ti, choro por não te poder ter dito muitas coisas que gostaria de dizer. 
Mas logo de seguida limpei as lágrimas e saí do quarto de banho a fazer-me de forte e não chorei á beira do meu pai, ele já estava mal o suficiente não queria que me visse também mal, por mais que ele soubesse como eu estava. 
Eu e o meu irmão fomos ter com a minha mãe e também foi uma das vezes que vi o meu irmão a chorar da maneira que chorou. « Mamã, mamã! o avô! » e não aguentei desmanchei a chorar chorar e a chorar sem conseguir acabar o que tinha para acabar. A minha mãe não percebeu e abriu aqueles seus olhos lindos, e perguntou « Que se passa Vanessa? Que se passa Tiago? » chorei ainda mais e respondemos... « O avô morreu » Ela abraçou-me a mim como ao meu irmão com uma força e carinho que só ela sabe fazer! E de seguida disse. « A vida é assim, toda a gente parte, mas vá, não fiquem assim, ele não vos deixou mesmo, está ali em cima, no céu a olhar por vocês » lembro-me que ela estava em estado choque e que estava também com lágrimas nos olhos, mas queria fazer-se de forte. De seguida eu disse « Não quero ir ao funeral do avô, não quero!!! » também ela disse logo não vais, era tão pequenina que acho que iria ficar chocada. Desculpa se fiz mal, em não me ter despedido de ti, desculpa se alguma vez te desiludi. Tu nunca me desiludis-te, pelo contrário, para mim por tudo o que continuo a ouvir de ti para mim foste um grande homem, um homem que todos os membros da família respeitavam! Contam-me histórias que se passou contigo e tento ouvi-las sempre com um enorme brilho e sorriso na cara! 
Devias de ter estado lá, porque estás sempre connosco. Foi no Natal, estavamos todos juntos, e o Tio começou a falar de ti, sim já estava um pouco animado demais, mas quando ele começou a falar de ti, as lágrimas dele escorreram pela cara dele abaixo, mas ao mesmo tempo que contava estava a rir-se. Levei aquilo como uma recordação de ti, não boa, mas sim excelente! Porque ao mesmo tempo, nós choramos de por ti de saudades, mas também te relembramos com um sorriso na cara por tudo que fizeste!
Sei que nunca tive a oportunidade de te dizer o quanto te amava, mas já que estou aqui vou dizer-te:
AMO-TE AVÔ ATÉ JÁ FICA SEMPRE COMIGO!


sábado, 14 de maio de 2011

Um mundo feito por mim!

Já me apeteceu ir para cima de uma montanha e gritar até ficar surda, já me apeteceu comer uma muralha feita de chocolates, também já me apeteceu ir para o metro e tocar viola, e não só, isto continua, já me apeteceu andar no céu como um pássaro mas não tenho assas, apeteceu-me andar nas nuvens, e também me apeteceu ir ás estrelas. E eu já realizei todos esses meus desejos. Sim, já os realizei. Não acreditam? Juro que realizei, num mundo que só é o meu, num mundo que eu construí sozinha, porque na vida real não conseguia; não só porque é impossível mas também pela ingratidão e a falsidade das pessoas de hoje em dia. Por isso, não liguei a comentários nem a insultos, construí sozinha um mundo em que tudo o que me apetece eu consigo realizar. Lá posso voar, posso comer uma muralha feita de chocolates e posso chegar ás estrelas. Como é esse meu mundo? Bem, esse meu mundo, é cheio de cor, brilho e felicidade. E sim também existem pessoas, mas essas pessoas não são como as pessoas deste mundo cruel e cinzento. Lá as pessoas, andam sempre com um brilho nos olhos e sorriso nos lábios, ninguém se importa com a aparência nem com o que essa pessoa faz. Neste mundo se alguém é rejeitado por uma pessoa, passa logo a ser rejeitado por todas as outras á sua volta, e isso não é cruel? Sim é horrível sem duvidas. Por isso eu tive essa ideia de construir outro mundo, um mundo só e só meu em que posso fazer, dizer tudo o que quero, porque nesse mundo todos me compreendem.
Eu realizei e resultou.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Scream!!

As vezes apetece-me gritar, gritar, gritar e gritar! Gritar até ficar completamente sem voz. Apetece-me dizer ao mundo todo o quanto te amo e adoro, apetece-me gritar para perceberem o quanto me fazes feliz! Se pareço maluca, não sei, mas a verdade é esta! Apetece-me ir para o cimo de uma montanha e gritar até que faça eco, e até que eu própria fique surda com o meu próprio grito! Sei que um dia isso vai acontecer, e quando esse dia chegar vai ser sim o verdadeiro dia que o meu coração vai explodir de tanto amor e felicidade, vai ser o dia em que não o vou conseguir guardar todo esse amor no meu coração. Se muitas vezes me parece que este meu pequenino coração vai explodir porque não aguenta com um amor tão forte como o nosso, não sei como me vou sentir quando isto tudo cá dentro estiver cheio! Cheio de tudo o que vivemos! E digo cheio num bom sentido. Porque nas minhas veias és tu que corres, no meu coração é o teu nome que está tatuado; na minha mente é os momentos e recordações que guardo de tudo o que vivemos; na minha boca guardo cada beijo e cada palavra que te disse; no meu corpo guardo o teu cheiro suave, que me fascina por completo. E quando não conseguir suportar isto tudo? Vou gritar ao mundo até ficar sem voz e dizer AMO-TE COM A MINHA PRÓPRIA VIDA SEM DUVIDAS NENHUMAS! 


quinta-feira, 5 de maio de 2011

What is love?

Tento explicar, mas eu não consigo, nem eu nem ninguém. Parece a coisa mais fácil do mundo, mas na verdade deve ser a coisa mais difícil de explicar verdadeiramente. Eu vou passar a explicar melhor. É uma sensação de milhões de sentimentos juntos, uma sensação que não sentimos com qualquer pessoa. Tem de ser uma pessoa adequada a outra, uma pessoa que diga «é a tua cara metade». Sim aí sentimos todos os sentimentos que nos transformam em malucos. Sentimos um frio na barriga que não conseguimos explicar e que só pensamos que devemos estar loucos, sentimos o nosso coração a palpitar devagar e ao mesmo tempo também sentimos uma sensação a tentar transmitir que o nosso coração está apertado e que nos tenta sair pela boca. Mas se fossem só esses sentimentos que nos invadissem não era muito. Posso dizer que também sentimos que somos capazes de dar e vender o mundo só para ver um sorriso do outro lado que esperamos ver, sentimos que á beira da nossa 'cara metade' somos capazes de ter o mundo aos nossos pés. Sim, mas também não consigo dizer tudo, porque como já disse são milhões de sentimentos praticamente num só. Nos olhos conseguimos ver o que é o verdadeiro significado disto tudo. Podem estar com brilho como podem estar com lágrimas que não conseguem parar de escorrer pela nossa cara abaixo. Também podemos sentir que somos os maiores culpados de tudo o que se passou de mal, tudo o que não esteve bem. Podemos sentir que o mundo caiu sobre os nosso ombros, e que agora estamos tão mas tão em baixo, que não sabemos como nos levantar. São sentimos que nos causam dor e também que nos causam alegria e muita felicidade, são sentimentos que nos fazem rir, mas no momento seguinte chorar. É uma mistura de sentimentos que até hoje ninguém conseguiu explicar. Apenas para ser mais prático, adquiriram a palavra 'AMOR'...

segunda-feira, 2 de maio de 2011

24 Horas.

(…) saí de casa á pressa, estava nervosa porque queria apanhar o autocarro e tinha medo de o perder. Mas não o perdi, cheguei á paragem ainda tive de esperar 5min. Cada vez mais chegavam pessoas, e perguntavam se o autocarro já tinha passado e as respostas, eram sempre:” está atrasado, mas deve estar a chegar”.
Nesse espaço de 5min olhei para o meu lado esquerdo, o sol fortemente batia-me nos meus olhos castanho até que me fez chorar um pouco. Vi aproximar-se um rapaz alto, moreno e lindo. Nesse momento parecia que o mundo tinha parado, que os segundos não passavam. Fixei completamente nesse rapaz. Sinceramente, não sei o que se estava a passar comigo. Até que esse rapaz alto, moreno e lindo me perguntou se estava bem. Confesso que demorei alguns segundos a responder. E então ele fez questão de me perguntar outra vez. Eu estava nervosa e sem saber o porque.Também não sabia que dizer por isso respondi apenas que «sim sim, obrigada estou bem ». Ficamos um a frente do outro, apenas com um metro de distância. Olhei novamente para ele e sorri, ele olhou para mim e sorriu também e de seguida perguntou-me o nome. Eu respondi: chamo-me Vanessa, e tu? Ele sorriu e antes de responder a minha pergunta, disse: tens um nome lindo. Eu senti-me a corar, senti o meu coração apertado mas ao mesmo tempo a bater depressa. Eu não sabia o que estava a acontecer, só sabia que aquilo nunca me tinha acontecido antes, e que era uma sensação única e linda. Então eu respondi muito depressa: obrigada, mas qual é mesmo o teu nome? E ele disse: eu chamo-me Hugo; Hugo Filipe. Nesse momento fiquei sem saber, o que dizer. Esses cinco longos minutos, ao menos tempo passaram depressa como devagar. Ficou um silencio entre nós que não consigo explicar, apenas os nossos olhos ficaram vidrados uns nos outros. Então ele perguntou-me: Para onde vais? E eu disse: vou para a praia, e tu? Ele disse: Não tenho destino agora que te vi. Então eu convidei-o para vir comigo, sentia-me bem á beira dele, parecia que já o conhecia de algum lado, mas na verdade nunca o tinha visto.E quando finalmente o autocarro chegou entramos lá para dentro e começa-mos a falar um do outro. Nós não tínhamos nada em comum, por isso passamos a viagem toda a rir um do outro. Passado mais ao menos uma hora tínhamos chegado á praia. Estava vento e confesso que estava um pouco com frio, mas não lhe tinha dito nada. Mas mesmo assim ele não era tapadinho nenhum, não pensou duas vezes, tirou o casaco dele e colocou-mo nas costas. Eu sorri e agradeci. De seguida fomos buscar um gelado, e passear á beira-mar. até que… o sol se estava a por. Sentamos-nos um pouco na areia a ver o sol a ir embora.. Era lindo, nunca me tinha sentido assim com ninguém. Ele de repente aproximou-se de mim, eu estava a ficar nervosa, mas não sabia o porque disso. Olhei para ele e nesse segundo ele também olhou para mim também. Ficamos com a testa encostada um no outro. E eu disse-lhe tens o cheiro tão suave, olhei para os olhos dele e para os seus lábios. Ele aproximou-se cada vez mais da minha boca, até que senti o respirar dele na minha face. Aconteceu… beijamos-nos.
Só conseguia pensar no quando aquele rapaz me fez sentir bem sem o conhecer de lado nenhum. Encostei a minha cabeça ao ombro dele, e ficamos assim um longo tempo (…)